Olá,

O mês de março representa oficialmente a luta pelos direitos das mulheres, com um movimento que amplifica o Dia Internacional da Mulher (8M). Por meio de ações em todo o mundo, vozes se juntam em busca de maior igualdade, oportunidades mais justas e combate a preconceitos.

Durante 30 dias, é trazida ao centro do debate uma luta que vai para além de março, com desafios diários que estão presentes também na administração pública. Por isso, nós, do Movimento Pessoas à Frente, reafirmamos a importância de trazer visibilidade para o tema.

Nesta edição, trazemos um boletim especial, com um panorama sobre a disparidade de gênero, com foco nas mulheres, que mostra a baixa ocupação feminina em cargos de lideranças no setor público.

Com dados e pesquisas, mostramos como está sendo percorrido o caminho em busca de mais diversidade e equidade de gênero no setor público. A estrada ainda é longa, por isso nos mantermos em movimento é essencial.

Exatamente por isso também trazemos boas notícias nesta edição: dados e exemplos que comprovam a eficiência da gestão feminina no setor público, a estreia da 2ª temporada do nosso podcast e muito mais! Boa leitura!  

Só restou o último lugar para o Brasil no ranking da América Latina e do Caribe de ocupação das mulheres nos cargos de liderança do serviço público. Apenas 18,6% das mulheres brasileiras que trabalham no serviço público são chefes e responsáveis diretas pela gestão de algum órgão ou política pública. O cenário, revelado pelo estudo “Mulheres Líderes no Setor Público da América Latina e do Caribe”, é tema do nosso primeiro artigo do ano no Nexo Jornal. Quem assina é a dupla Joyce Trindade, Secretária municipal de Políticas e Promoção da Mulher do RJ; e Tatiana Sandim, doutora em Administração Pública-Governo pela FGV/SP e responsável pela gestão do conhecimento no Movimento Pessoas à Frente. Confira aqui.

A segunda temporada do nosso podcast está no ar e você pode acompanhar nossos diálogos em movimento agora mesmo! No episódio de estreia da temporada 2, Joyce Trindade volta à cena, desta vez ao lado de Mariano Lafuente, Especialista Principal do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), com a seguinte reflexão: como aumentar a diversidade de gênero no setor público? A apresentação do podcast também é outra grande estreia: Amanda Moreira, especialista em gestão pública e integrante da nossa Secretaria Executiva. Aperte o play aqui.

E por falar em Podcast, o Durma com Essa, podcast do Nexo Jornal, contou com a participação do Movimento em sua edição deste mês. Tatiana Sandim, doutora em Administração Pública-Governo pela FGV/SP e responsável pela frente de conhecimento no Movimento Pessoas à Frente, comentou sobre a falta de mulheres em cargos de liderança no serviço público brasileiro. Ouça aqui.

A disparidade de gênero no serviço público também está refletida nos salários, como mostra o levantamento da República.org. Mulheres são a maioria dos vínculos em quase todas as faixas salariais, menos na faixa acima de cinco salários mínimos. O estudo também detalha a ocupação por mulheres nos diferentes níveis de governo (municipal, estadual e federal). Leia na íntegra.

O Governo de São Paulo vai ampliar em 60 dias o tempo de licença-maternidade de servidoras temporárias. A medida altera o Estatuto dos Funcionários Civis do Estado e passou a valer no último dia 10. Agora, elas terão 180 dias de afastamento para cuidar dos recém-nascidos – antes, eram 120 dias. Saiba mais aqui. O Movimento Pessoas à Frente celebra essa mudança. Acreditamos que trabalho temporário não é trabalho com direitos precários. Quer saber mais o que pensamos sobre a contratação de temporários? Confira em nosso site.

Governos com mais mulheres têm menos corrupção. É o que afirmam os dados no artigo da colunista Isabela del Monde, do Universa, com base em uma pesquisa publicada no "Journal of Economic Behavior & Organization", realizada em 125 países. Del Monde ainda pontua: “Mulheres, ao ocuparem cargos políticos, formulam políticas públicas que, efetivamente, melhoram a saúde, a educação e o bem-estar”. Saiba mais aqui.

O termo “onboarding” é utilizado na área de gestão de pessoas para definir a integração e a socialização nas organizações. Esse é o tema do novo programa de capacitação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), que busca acelerar a capacidade de atuação de profissionais recém-nomeados no governo federal. As inscrições estão abertas neste link.

Em mais um compilado de dados, a República.org continua aprofundando a representação das mulheres, que compõem 61% dos vínculos públicos civis. Com números sobre médias salariais, o material traz comparativos com outros países, além de explicar o conceito de burocracia representativa e o “teto de vidro” do setor público. Saiba mais aqui.

O Estudo do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informa um avanço entre 2019 e 2023 (de 26% para 33%), mas o número ainda é baixo quando consideramos que as mulheres representam 40% da força de trabalho do funcionalismo público brasileiro. Veja o levantamento aqui.

O Cade lançou edital com o apoio do PNUD para a contratação de consultoria técnica com objetivo de elaborar e implementar um programa de avaliação de desempenho 360° com foco em lideranças, bem como desenvolver um plano de competências alinhado aos resultados da avaliação. Saiba mais aqui.

Com dados originais e artigos inéditos, o livro “Trajetórias da Burocracia na Nova República: heterogeneidades e desigualdades (1985-2020)” faz um balanço abrangente do funcionalismo público brasileiro, especialmente sobre as mudanças na força de trabalho do setor público desde a redemocratização. Confira aqui.

A SBDP estreou coluna quinzenal no Jota para debater a modernização do serviço público a partir da análise de problemas e soluções. A coluna buscará contribuir com o debate sobre a modernização do RH do Estado, sob uma ótica jurídica, e a partir da análise de problemas da realidade e das propostas concretas. Saiba mais aqui.

O Censo Escolar de 2022 revelou um protagonismo feminino na educação básica do país. Um levantamento mostra que, entre os ocupantes de cargos de gestão, 80,7% são mulheres. Confira aqui.

Você ou algum conhecido seu trabalha com algo relacionado à gestão de pessoas no setor público? Sabe da existência de uma ou mais organizações cuja missão se assemelhe à do Movimento Pessoas à Frente, ainda que atuem apenas no setor privado? Se a resposta para essas perguntas é “sim”, por favor, entre em contato com a gente. Queremos conhecer cada vez mais pessoas e entidades interessadas pelo tema Gestão de Pessoas, especialmente aquelas que trabalham em campos como Produção de Conhecimento, Comunicação e Capacitação.